terça-feira, 26 de outubro de 2021

Viúva não libera o corpo de pastor para enterro após ele escrever que ressuscitaria no 3º dia, diz advogado



Huber Carlos Rodrigues escreveu documento em 2008 falando que passaria por 'mistério de Deus'. Corpo dele está em funerária aguardando prazo em respeito à família, em Goiatuba.

A mulher do pastor Huber Carlos Rodrigues se negou a liberar o corpo do marido para ser enterrado após ele deixar um documento falando que ressuscitaria no terceiro dia, em Goiatuba, na região sul de Goiás, conforme informou o advogado da família. A funerária da cidade disse que o corpo dele está refrigerado em uma sala aguardando o prazo em respeito ao pedido da viúva.

O pastor morreu na última sexta-feira (22) por complicações cardiorrespiratórias em um hospital de Itumbiara a 55 km de Goiatuba. No documento, assinado em 2008, o pastor releva que teve divinas revelações do Espirito Santo e que passaria por um “mistério de Deus”, onde ressuscitaria às 23h30 – três dias após sua morte. O prazo termina na noite desta segunda-feira (25).

“Minha integridade física tem que ser totalmente preservada, pois ficarei por três dias morto, sendo que no 3ª dia, eu ressuscitarei. Meu corpo durante os três dias não terá mau cheiro e nem se decomporá, pois o próprio Deus terá preparado minha carne e meu cérebro para passar por essa experiência”, escreveu no documento.

A declaração não foi registrada em cartório, mas foi assinada por duas testemunhas. O documento deixado por ele foi confirmado ao g1 pelo advogado da família.

Em nota à TV Anhanguera, a Prefeitura de Goiatuba informou que a Vigilância Sanitária notificou, nesta segunda-feira, a funerária a realizar o sepultamento imediato do corpo, observando uma resolução que dispõe sobre o Controle e Fiscalização Sanitária do Translado de Restos Mortais Humanos.

No entanto, a funerária disse, às 16h34, que não havia sido notificada e que estava respeitando o pedido da família. À TV Anhanguera, a viúva contou que eram casados há 26 anos e que não tiveram filhos.

Pastor deixou documento assinado em 2008, em Goiatuba — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

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