Atacante Gilberto junto com seu patrão Barãozinho, ex-vereador de Porto Acre (Foto: Arquivo pessoal)
Com uma trajetória apenas no futebol acreano, o atacante do Humaitá tem contrato com o clube de Porto Acre até o início de maio. Se não conseguir contrato com outra equipe, Gilberto já tem emprego garantido. Isso porque ele trabalha com o ex-vereador Barãozinho há cerca de seis anos.
- Eu trabalho como autônomo, como motorista particular. Meu patrão é contador e eu fico dirigindo e fazendo serviços para ele. Eu fico no aguardo dele para quando o campeonato parar, daí eu começo a trabalhar com ele. Quando começa o próximo ano, começa tudo de novo. A gente sente muito pra poder recuperar a forma física. Fica muito corrido. Quando começa a chegar o período do campeonato, três meses antes, a gente começa a treinar (para recuperar o físico).
Gilberto ressaltou que ainda que tenha contrato com clube, o salário no futebol acreano é baixo e que, por isso, muitos jogadores optam por procurar um trabalho fora das quatro linhas.
- Só com o salário daqui não dá, precisa fazer um bico. É baixo, se você quiser algo a mais na vida não dá não. Tem que procurar trabalho por fora. Muitos jogadores não ficam no clube porque o treinamento é de manhã e de tarde, e tem muitos que precisam trabalhar em outro período. Entre o futebol e o trabalho eles preferem escolher o trabalho. Largar o trabalho de carteira assinada para jogar três, quatro meses não compensa. No meu caso é porque meu patrão libera, é mais maleável.
Gilberto, atacante do Humaitá-AC, na partida contra o Vasco-AC (Foto: Arquivo pessoal)
No entanto, a parceria com Barãozinho é recente e o jogador já buscou outras formas de renda antes de conhecer o ex-vereador.
- Passei muito tempo trabalhando como servente em construções. Como eram trabalhos pesados, quando começava o campeonato a gente já estava bem fisicamente porque trabalhava debaixo de sol quente, fazendo concreto, fazendo massa na mão. Quando começava o campeonato, a gente até animava porque estava chegando o campeonato. A gente ficava 100% para treinar - ressaltou.
G1.
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