sábado, 9 de maio de 2020

Na contramão da maioria dos países, Brasil é um dos poucos a manter data do Enem em meio à pandemia


Levantamento feito pelo Instituto Unibanco e publicado pelo jornal Folha de S. Paulo aponta que de 19 países com provas semelhantes, apenas cinco mantiveram o calendário original

...Enem deste ano terá 30 minutos a mais para provas de exatas. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

247 - A manutenção das datas de realização das provas do Exame nacional do Ensino Médio (Enem), marcadas para novembro, em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil vai na direção contrária do que acontece na maioria dos países do. Um levantamento feito pelo Instituto Unibanco e publicado pelo jornal Folha de S. Paulo aponta que de 19 países com provas semelhantes, apenas cinco mantiveram o calendário original. 

Segundo o estudo, 10 países com provas similares ao Enem adiaram ou cancelaram a realização das provas: Estados Unidos, Espanha, Irlanda, China, Malásia, Singapura, Gana, Polônia, Rússia E Colômbia. Na França e no Reino Unido, a prova foi substituída por outra forma de avaliação. Na Itália e Finlândia a situação ainda está sendo avaliada. 

De 19 países com exames de acesso à universidade, similares ao Enem, 10 já adiaram ou cancelaram suas provas: Polônia, Rússia, Singapura, Gana e Colômbia (para partes das escolas, na região norte). A prova foi substituída por outra forma de avaliação na França e Reino Unido, e a situação segue indefinida na Finlândia e Itália. Na China, o Gaokao, considerado o maior exame de admissão em nível mundial, foi adiado para julho. 

Para o superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, a manutenção das datas do Enem parte do Ministério da Educação, comandado por Abraham Weintraub, está em linha com “certa síndrome do negacionismo que assola o governo como um todo", em referência a negação da gravidade da pandemia feita por Jair Bolsonaro e outros integrantes do governo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário