quarta-feira, 6 de maio de 2020

Autora do vídeo que falava em caixão com pedras pede desculpas

MG: Mulher que divulgou vídeo fake de caixão com pedras pede ...

Autora do vídeo que falava em caixão com pedras pede desculpas

Polícia Civil pediu ajuda para identificar mulher que acusava autoridades a enterrar pedras e pedaços de pau no lugar de supostas vítimas

Vídeo de Valdete Pereira Zanco teve grande repercussão nas redes sociais(foto: WhatsApp/Reprodução)Depois de a Polícia Civil de Minas Gerais pedir ajuda para identificar a autora de um vídeo em que ela acusa autoridades de terem enterrado caixões em Belo Horizonte com pedras e pedaços de pau no lugar de supostas vítimas de COVID-19, ela mesma resolveu aparecer. Por meio do advogado Alexsander Ribeiro, Valdete Pereira Zanco se identificou, reconheceu ter errado e se desculpou pelo ocorrido.

“Ela havia visto no Facebook um fato ocorrido em Belo Horizonte no qual caixões com pedras e pedaços de madeira haviam sido desenterrados. Na data da gravação do vídeo, no interior da loja onde trabalha, ela recebeu um cliente que coincidentemente fez os mesmos comentários, o que a fez julgar o ocorrido como verdade”, explica Ribeiro, em nota divulgada no fim da tarde desta terça-feira.

“Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao município de Belo Horizonte e seu ilustre prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco que cometeu. Gostaria ainda de frisar que minha cliente já se apresentou na Delegacia de Polícia Civil da cidade de Jacutinga/MG na data de 04/05/2020, onde foi lavrada a ocorrência, deixando registrado o incidente, contribuindo com a Justiça e para que essa seja promovida", disse o advogado. 
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As imagens tiveram grande repercussão nas redes sociais e também na imprensa. Muitas pessoas usaram o vídeo para questionar as medidas adotadas pela prefeitura da capital mineira para conter o avanço do novo coronavírus, como o fechamento do comércio e a manutenção do distanciamento social e até mesmo o alcance e a letalidade da doença, que já mantou mais de 7 mil pessoas no Brasil.

Pela manhã, o delegado Wagner Sales, chefe do 1° Departamento de Policia Civil em BH, chegou a cogitar a prisão preventiva da autora, mesmo sem tê-la identificado. Além disso, lembrou que ela poderia ser acusada de crime de denunciação caluniosa, difamação contra autoridade pública e contravenção penal de provocação de tumulto ou pânico. “As penas para esses casos, somadas, podem chegar a nove anos de prisão, além de multa”, disse ele, sem saber que Valdete já havia se apresentado em uma delegacia.

O delegado acredita que esse caso pode servir de exemplo para que outras pessoas tomem cuidado antes de espalhar notícias falsas. Segundo ele, isso só traz “dúvidas e incertezas”, além de poder prejudicar o próprio autor.

“Queremos alertar que este tipo de conduta pode trazer consequências graves tanto na esfera criminal quanto na cível. É preciso ter muito cuidado ao produzir e propagar conteúdo. As atitudes na vida virtual têm consequências na vida real. Crimes como difamação, calúnia e injúria podem ser cometidos”, explicou.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA RETRATAÇÃO
"Venho à público esclarecer a respeito do vídeo gravado pela minha cliente Valdete Zanco e que repercute nas redes sociais. Ela havia visto na rede social denominada Facebook um fato ocorrido no Município de Belo Horizonte/MG, do qual caixões haviam sido desenterrados e localizado em seu interior, pedras e pedaços de madeira. Na data da gravação, no interior da loja onde trabalha, ela recebeu um cliente que coincidentemente fez os mesmos comentários, o que a fez julgar o ocorrido como verdade.

Quero deixar claro que o vídeo foi postado unicamente em um grupo de WhatsApp de família, tanto que início o vídeo chama a atenção de um certo Hernandes, sendo este irmão da minha cliente. Com o vazamento do vídeo do grupo de família, ele chegou a ser compartilhado em um canal de Youtube, colaborando assim pela propagação. Desconhecemos a forma como o vídeo ganhou notoriedade nas redes sociais e nos demais veículos de comunicação.

Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao Município de Belo Horizonte e seu Ilustre Prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco que cometeu . Gostaria ainda de frisar que minha cliente já se apresentou na Delegacia de Polícia Civil da cidade de Jacutinga/MG na data de 04/05/2020, onde fora lavrada a ocorrência, e deixado registrado o incidente, contribuindo com a justiça e para que essa seja promovida. 


Me coloco à disposição, Dr. Alexsander Ribeio – OAB/SP 343.210."

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