segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Com forte aparato de policias militares e uso de drone, Força de Segurança realiza “Operação Relâmpago” em Tarauacá



Na tarde do último domingo, 29, a Polícia Militar de Tarauacá realizou a “Operação Relâmpago” que tem a finalidade de prevenir e combater a prática de ações criminosas, principalmente voltada para os crimes de furtos, roubos e o tráfico de drogas. O objetivo da operação é buscar, identificar e prender os infratores bem como apreender armas e entorpecentes.

Atuando intensivamente através de bloqueios policiais em pontos estratégicos, abordagens e buscas pessoais a indivíduos em atitudes suspeitas, a Polícia Militar vem saturando determinadas áreas da cidade, proporcionando ainda mais segurança aos moradores de Tarauacá.


Na Operação, estava presente o Comandante da Polícia Militar de Tarauacá, o tenente Coronel Neri, onde participou intensamente desde o planejamento até a execução.

“O cidadão de bem deve e merece viver tranquilo, em paz. Aqueles que insistem em praticar crimes serão fortemente reprimidos dentro dos parâmetros legais. Nossos esforços para tirar do convívio social àqueles que afetam a ordem pública e a paz das pessoas são para garantir proteção e tranquilidade às pessoas de bem”.


Durante a Operação foram utilizadas equipes especializadas: Tático, Canil, Setor de Inteligência e Equipes Ordinárias, e ainda com o apoio de drone que monitorava as áreas de difíceis acessos. Dois suspeitos de estupro foram presos.

A operação relâmpago acontece no âmbito de todas as unidades do 7º Batalhão.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Acretoberfest, tributo RPM, Marília Mendonça e eventos gratuitos para curtir o final de semana





Com tantas opções, o final de semana se torna um convite irresistível para sair de casa e desfrutar de tudo o que a cidade tem a oferecer
Douglas Richer, ContilNet

A cidade está agitada e cheia de opções para quem deseja sair de casa e aproveitar o final de semana. Uma variedade de atrações culturais e musicais prometem entreter o público de diferentes gostos.

No cenário musical, a Confraria prepara-se para apresentar duas noites imperdíveis. Na sexta-feira, o “Rock Forever” ganha vida com a empolgante performance da banda The Roses, enquanto no sábado é a vez do “Divas do Rock” com a banda The Roxy, prometendo um show incrível repleto de clássicos do gênero.

Tributos também marcam presença neste final de semana. O Recanto presta homenagem à saudosa Marília Mendonça, com uma noite dedicada à sua música, e o Stúdio Beer também se junta à celebração musical com um tributo especial a RPM.

Para os amantes do funk, a Moon Club apresenta o aguardado “Baile Funk da Massacre”, sob o comando dos talentosos DJs Belmont, Nareza Barros e Neto Barcelar. A pista promete tremer ao som contagiante deste gênero musical.

A Fundação Cultura Elias Mansour não fica atrás e oferece uma ampla variedade de atividades culturais. Danças, oficinas de leitura, aulas de violão, exposições de arte, exibições de filmes e até aulas de Kickboxing estão disponíveis para aqueles que desejam explorar o lado cultural da cidade.

Com tantas opções, o final de semana se torna um convite irresistível para sair de casa e desfrutar de tudo o que a cidade tem a oferecer. Independentemente das preferências, há algo para todos os gostos e idades, tornando este final de semana uma experiência memorável para os moradores e visitantes.

-Fundação Cultura Elias Mansour

De sexta a domingo, a Fundação Cultura Elias Mansour oferece um rico conjunto de atividades para proporcionar entretenimento e aprendizado. Os visitantes podem desfrutar de apresentações de dança cativantes, participar de oficinas de leitura que estimulam a imaginação, aprender a tocar violão em aulas práticas, explorar exposições de arte inspiradoras, assistir a filmes envolventes e até mesmo se exercitar com aulas de Kickboxing emocionantes. É um fim de semana repleto de cultura, arte e diversão para todas as idades.


Neste final de semana, a Confraria Gastrobar promete agitar as noites de sexta e sábado com eventos musicais imperdíveis. Na sexta-feira, dia 20, às 21h30, prepare-se para uma noite de puro rock com o “Rock Forever”, estrelado pela incrível banda The Roses. E no sábado, dia 21, às 22h00, as “Divas do Rock” tomam o palco, apresentadas pela talentosa banda The Roxy. A Confraria Gastrobar, situada na Via Parque, 46 – Parque da Maternidade, é o lugar perfeito para curtir boa música e ótima comida.


A famosa Moon Club promete agitar o final de semana com dois eventos incríveis. Na sexta-feira (20), prepare-se para o Baile Funk da Massacre, uma noite cheia de batidas envolventes e muita dança. No sábado (21), é hora de curtir o Sabadou Pizeiro, uma festa que promete muita diversão e música de qualidade.


Com um toque de nostalgia, o Recanto Pub se prepara para se despedir de seus fiéis frequentadores. Após anos iluminando as noites acreanas, este espaço encerra suas atividades com dois eventos memoráveis. O Tributo a Marília Mendonça será uma noite emocionante, celebrando a música da inesquecível cantora sertaneja. E, para uma despedida cheia de mistério e diversão, o Halloween do Recanto promete ser o evento perfeito para fechar com chave de ouro.


A Casa do Rio reserva um final de semana repleto de música e sabor para você. Na sexta-feira, às 17h, prepare-se para a 6ª edição do Vapor Barato, uma festa que celebra o melhor da música brasileira, comandada pela espetacular Cau Bartholo. Será uma noite de ritmos envolventes e alegria. No sábado, a festa continua com o Pagode + Feijuca, protagonizado por Belo Santos e sua talentosa banda. Delicie-se com uma feijoada deliciosa enquanto curte o som contagiante do pagode. Já no domingo (22), acontece o Aniversário da Patroa sobe o comando de Eliane Voz e convidados.



Prepare-se para uma noite repleta de música sertaneja na Fricarnes Steak House & Boutique de Carnes, pois a dupla sertaneja Douglas e Christiano está pronta para encantar os amantes desse gênero musical. Com suas vozes marcantes e repertório envolvente, eles prometem tornar a noite memorável.


Prepare-se para um “Sabadão 40 Graus” de pura animação no Balneário Ilha do Sol! Neste evento especial, você terá a oportunidade de curtir o talento musical de Toni dos Teclados e Silvio Viola, dois artistas que prometem aquecer ainda mais o clima.


O Coé Lounge tem o prazer de apresentar uma noite especial de pagode com o talentoso Edil. Prepare-se para uma atmosfera descontraída e cheia de samba no pé, onde o “Pagodinho do Edil” vai encantar os presentes com sua voz e seu repertório cativante.


A Acretoberfest acontece neste sábado (21), no Afa Jardim, promovido pela cervejaria Altaneira. A festa é inspirada na Oktoberfest, de tradição alemã. São 6 horas de Open Bar e Open Food, a partir das 17h. Para acompanhar um bom chopp, o festival também tem costela de chão e muita diversão. Para a festa, três atrações já foram confirmadas Alamo Kario, Cau Bartholo e Jadson Santos. Os ingressos custam R$ 150,00 e estão sendo vendidos nas unidades da Jupará, no Via Verde Shopping, Galeria Center Ville e na Via Verde, além da Casa do Cavalo, Exciter Motors e bilheterias digitais nas redes sociais da Acretoberfest e Altaneira.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

PCdoB de Tarauacá realiza 16º conferência marcada por unidade e coesão.


A Conferência Municipal do PCdoB de Tarauacá, realizada no último sábado (14), no Auditório do Sinteac, teve como pauta a deliberação dos projetos apresentados e debatidos nas organizações de base que se reuniram neste processo de conferências que indica uma nova fase de estruturação partidária da legenda no município.

Na ocasião, foi eleito o comitê municipal para o biênio 2023/2025 composta por 30 membros, com aprovação de 100% das propostas. Além da resolução política municipal e a proposta de construção partidária para a próxima gestão.

A nova direção reconduziu o vereador Manoel Monteiro como presidente do PCdoB Tarauacá. Conforme norma aprovada, os demais nomes que irão compor a Comissão Executiva, Comissão Política Municipal e as demais secretarias executivas serão debatidas e eleitos na próxima reunião do pleno municipal.

O novo presidente municipal do PCdoB Tarauacá, Manoel Monteiro, descreveu que a conferência foi “marcada pela democracia partidária, ativa participação de quadros e militantes no debate realizado e forte unidade e coesão”, afirmou.

Projeto para 2024

Após amplo debate, a conferência aprovou, por unanimidade, o projeto eleitoral proposto para o PCdoB de Tarauacá, cujo objetivo será de lutar para formação de uma chapa forte de vereadores. “Nessa empreitada, valorosos camaradas se apresentaram como pré-candidatos/as a vereador/a”, o partido ainda tirou encaminhamento de caminhar junto com o já Pré-candidato a prefeito Rodrigo Damasceno para o executivo municipal, e que apresentará um nome de seus quadros para fazer parte da discussão de candidatura majoritária como vice-prefeito.


Disputa à prefeitura

Grande destaque da Conferência Municipal foi a aprovação da pré-candidatura do médico Rodrigo Damasceno para a prefeitura de Tarauacá. E que o partido apresentará o nome de um de seus quadros como candidato a vice de Rodrigo, para representar o partido neste desafio.

“O projeto eleitoral do PCdoB de 2024 começa a ser debatido e é bom saber que teremos um programa vigoroso para Tarauacá e que apresentaremos a nossa Federação (PT-PCdoB-PV) nomes competitivos para a disputa do ano que vem”, pontuou o deputado Edvaldo Magalhaes, que disse estar muito feliz e que os diálogos com a Federação, com aliados e com a sociedade em geral se aprofundarão daqui para frente. “A busca pela unidade dos democratas e progressistas de Tarauacá é fundamental para desenvolvermos um projeto de sustentabilidade, com desenvolvimento socioeconômico apoiado na justiça social e na distribuição da riqueza. A partir da eleição do presidente Lula, temos muito o que debater com nosso povo para construirmos juntos uma cidade mais humana, inclusiva, harmônica e com oportunidades e qualidade de vida para todos e todas”, proferiu.

“Saímos da Conferência convictos que retomaremos o lugar político que o PCdoB sempre ocupou em Tarauacá”, afirmou o dirigente João Maciel.

“Será uma grande honra caminhar mais uma vez junto com os amigos do PCdoB, esse projeto já deu certo da primeira vez que governamos juntos, e desta vez será bem melhor” Rodrigo Damasceno Pré-candidato a prefeito.

“Estava meio desanimado, no entanto ao vim e participar, rever os amigos na conferência do PCdoB, me trouxe mais vida parece que tomei um remédio e rejuvenesci” afirmou seu Hipólito militante histórico do PCdoB de 87 anos.

No ato ainda estavam presentes além da militância aguerrida diversas lideranças políticas locais e estaduais, Vice presidente estadual da sigla Eriton Maia, dirigente do PCdoB de CZS Jacson, presidente do sindicato dos trabalhadores rurais Sandro Falcão, presidente do sindicato da educação João Maciel, vereador de porto Walter Biliarte, presidente do PT Tadeu Moreira, presidente do PP professor Orlando, representante do PSOL, representante do PSB Chagas Batista, vereador Dikin e Greice, vereador irmão Carlinhos, vereador Manoel Monteiro, lideranças rurais, de mulheres, juventude, de bairro, sindicalistas.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

TARAUACA: PCdoB vai realizar Conferencia Municipal neste sábado (14).



Edital de Convocação da Conferência Municipal de 2023


O Comitê Municipal do Partido Comunista do Brasil – PCdoB, através de seu presidente abaixo assinado, com base na Norma estabelecida pelo Comitê Central, atribuições previstas no inciso I, do art. 22 do Estatuto do PCdoB, e tendo presente o disposto no art. 19 do mesmo Estatuto partidário, RESOLVE: convoca a 16° Conferência do Município de Tarauacá, Estado do Acre, a realizar-se no dia 14 de Outubro de 2023, às 18h30min, no Auditório do Sinteac.


Na ordem do dia da Conferência Municipal será:


I. Discussão e deliberação sobre os Projetos de Resolução apresentados pelo Comitê Central;


II. Balanço das atividades de direção, estabelecimento do número de seus integrantes e eleição de dirigentes do organismo partidário: Comitê Municipal;


III. Projeto eleitoral para 2024;


IV. Balanço do trabalho de direção do organismo partidário;


V. Eleição de delegados (as) a eleição de delegados (as) às Conferências Estaduais.


Para a qual convida todos os filiados, militantes, amigos e simpatizantes do Partido.


Tarauacá–Acre 11 de Outubro de 2023



José Manoel Dourado de Oliveira
Presidente Interino do Comitê Municipal

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

8 perguntas para entender o conflito entre israelenses e palestinos que já dura sete décadas


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O conflito entre israelenses e palestinos é um dos mais longos e sangrentos do Oriente MédioArticle informationAuthor,Redação
Role,BBC News Mundo

O conflito entre palestinos e israelenses, que se estende por pelo menos sete décadas, atingiu uma tensão sem precedentes nos últimos anos.


O mais recente capítulo desta tensão começou em 7 de outubro, quando militantes do Hamas lançaram mísseis e invadiram Israel.


As forças militares israelenses contra-atacaram e fizeram operações na Faixa de Gaza.


Até o momento, foram registrados mais de 1,2 mil mortos em Israel e em Gaza.


Além disso, mais de uma centena de civis e militares israelenses são mantidos como reféns por integrantes do Hamas.


Fim do Matérias recomendadas


Essa é a mais recente escalada de um confronto longo e sangrento, sem resolução próxima, que tem marcado o Oriente Médio há décadas.


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A seguir, a BBC News Brasil explica, em oito pontos, como começou esse conflito que se prolonga por mais de sete décadas.

1. Como começou o conflito?

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Soldados israelenses e forças palestinas entraram em confronto em Gaza num dos episódios mais violentos dos últimos anos.

Influenciado pelo antissemitismo sofrido pelos judeus na Europa, no início do século 20 o movimento sionista ganhou força, buscando estabelecer um Estado para os judeus.

A região da Palestina, entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, considerada sagrada para muçulmanos, judeus e católicos, pertencia naqueles anos ao Império Otomano e era ocupada principalmente por árabes e outras comunidades muçulmanas. Mas a forte imigração judaica, encorajada pelas aspirações sionistas, começava a gerar resistência.


Após a desintegração do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido recebeu um mandato da Liga das Nações para administrar o território da Palestina.


Mas, antes e durante a guerra, os britânicos fizeram várias promessas aos árabes e judeus que mais tarde não foram cumpridas — porque o Reino Unido já tinha dividido o Médio Oriente com a França, entre outras razões.


Isto causou um clima de tensão entre nacionalistas árabes e sionistas que levou a confrontos entre paramilitares judeus e grupos árabes.


Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, a pressão para estabelecer um Estado judeu aumentou. O plano original contemplava a divisão do território controlado pela potência europeia entre judeus e palestinos.

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Após a queda do Império Otomano, o Reino Unido assumiu a administração do território da Palestina


Após a fundação de Israel em 14 de maio de 1948, a tensão deixou de ser uma questão local para se tornar uma questão regional.


No dia seguinte, o Egito, a Jordânia, a Síria e o Iraque invadiram o território recém-criado. Foi a primeira guerra árabe-israelense, também conhecida pelos judeus como guerra de independência ou de libertação.


Após o conflito, o território inicialmente planejado pelas Nações Unidas para estabelecer um Estado Árabe foi reduzido pela metade.


Para os palestinos, começou a Nakba, a chamada “destruição” ou “catástrofe”: o início da tragédia nacional. Cerca de 750 mil palestinos fugiram para países vizinhos ou foram expulsos pelas tropas israelenses.


Em 1956, uma crise no Canal de Suez confrontaria o Estado de Israel com o Egito. O problema não foi resolvido no campo de batalha, mas pela pressão internacional sobre Israel, França e Inglaterra.


A luta teria uma conclusão em 1967, na Guerra dos Seis Dias. O que aconteceu entre 5 e 10 de Junho teve consequências profundas e duradouras.


Foi uma vitória esmagadora de Israel contra uma coligação árabe.


Israel capturou a Faixa de Gaza e a Península do Sinai do Egipto, a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) da Jordânia e as Colinas de Golã da Síria. Meio milhão de palestinos viraram refugiados.


O último conflito árabe-israelense foi a Guerra do Yom Kippur, em 1973, que colocou o Egito e a Síria contra Israel e permitiu ao Cairo recuperar o Sinai (entregue completamente por Israel em 1982). Gaza, porém, seguiu sob controle israelense


Seis anos depois, o Egito tornou-se o primeiro país árabe a assinar a paz com Israel, exemplo seguido apenas pela Jordânia anos depois.

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O Estado de Israel foi oficialmente estabelecido em 14 de maio de 1948Israel: ataque surpresa do Hamas pode indicar falha na inteligência das forças israelenses7 outubro 2023

2. Por que o Estado de Israel foi criado no Oriente Médio?


A tradição judaica indica que a área em que o Estado de Israel está localizado é a Terra Prometida por Deus ao primeiro patriarca, Abraão, e aos seus descendentes.


A área foi invadida na Antiguidade por assírios, babilônios, persas, macedônios e romanos. Roma foi o império que deu nome à região como Palestina e que, sete décadas depois de Cristo, expulsou os judeus após combater os movimentos nacionalistas que buscavam a independência.


Com a ascensão do Islã, no século 7 d.C., a Palestina foi ocupada pelos árabes e depois conquistada pelos cruzados europeus. Em 1516, foi estabelecida a dominação turca que duraria até a Primeira Guerra Mundial, quando foi imposto o controle britânico.


O Comitê Especial das Nações Unidas sobre a Palestina (UNSCOP) declarou em seu relatório à Assembleia Geral, em 3 de setembro de 1947, que as razões para o estabelecimento de um estado judeu no Oriente Médio centravam-se em "argumentos baseados em fontes bíblicas e históricas", na Declaração de Balfour de 1917, na qual o governo britânico se declarou a favor de uma "nação" para os judeus na Palestina, e no mandato britânico sobre a Palestina.


Ali foram reconhecidas a ligação histórica do povo judeu com a Palestina e as bases para a reconstituição do "Lar Nacional Judaico" naquela região.


Com o Holocausto contra milhões de judeus na Europa antes e durante a Segunda Guerra Mundial, cresceu a pressão internacional para o reconhecimento de um Estado nacional judeu.


Incapaz de resolver a polarização entre o nacionalismo árabe e o sionismo, o governo britânico levou a questão às Nações Unidas.


Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral aprovou um plano para a divisão da Palestina, que recomendava a criação de um estado árabe independente, de um estado judeu e de um regime especial para a cidade de Jerusalém.


O plano foi aceito pelos israelenses, mas não pelos árabes, que o consideraram uma perda de territórios. É por isso que ele nunca foi implementado.


Um dia antes de expirar o mandato britânico da Palestina, em 14 de maio de 1948, a Agência Judaica para Israel, representante dos Judeus durante o mandato, declarou a independência do Estado de Israel.


No dia seguinte, Israel solicitou a adesão às Nações Unidas, status que finalmente alcançou um ano depois.

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O primeiro-ministro israelense, David Ben-Gurion, na proclamação oficial do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, em Tel Aviv

3. Por que existem dois territórios palestinos?


Em seu relatório à Assembleia Geral em 1947, o Comitê Especial das Nações Unidas sobre a Palestina (UNSCOP), recomendou que o Estado Árabe incluísse "a Galiléia Ocidental, a região montanhosa de Samaria e Judéia, com exclusão da cidade de Jerusalém, e a planície costeira de Ishdud até a fronteira egípcia."


Mas a divisão do território foi definida pela Linha do Armistício de 1949, estabelecida após a criação de Israel e da primeira guerra árabe-israelense.


Os dois territórios palestinos são a Cisjordânia (que inclui Jerusalém Oriental) e a Faixa de Gaza, que estão separados por cerca de 45 km. Eles possuem áreas de 5.970 km2 e 365 km2, respectivamente (veja no mapa a seguir).


A Cisjordânia fica entre Jerusalém, reivindicada como capital tanto por palestinos como por israelenses, e a Jordânia, a leste, enquanto Gaza é uma faixa de 41 km de comprimento e entre 6 e 12 km de largura.


Gaza tem uma fronteira de 51 km com Israel, 7 km com o Egito e 40 km de costa no Mar Mediterrâneo.


Originalmente ocupada por israelenses que ainda mantêm o controle da fronteira sul, a Faixa de Gaza foi capturada por Israel na guerra de 1967 e só desocupada em 2005, embora mantenha até hoje um bloqueio aéreo, marítimo e terrestre que restringe a circulação de mercadorias, serviços e pessoas.


A Faixa de Gaza é atualmente controlada pelo Hamas, o principal grupo islâmico palestino, que nunca reconheceu acordos assinados entre outras facções palestinas e Israel.


A Cisjordânia, pelo contrário, é governada pela Autoridade Nacional Palestina, o governo reconhecido internacionalmente, cuja principal facção, a Fatah, não é islâmica, mas, sim, secular.

4. Os palestinos e os israelenses nunca assinaram a paz?


Após a criação do Estado de Israel e o deslocamento de milhares de pessoas que perderam as próprias casas, o movimento nacionalista palestino começou a reagrupar-se na Cisjordânia e em Gaza, controladas respectivamente por Jordânia e Egito, e em campos de refugiados criados em outros Estados árabes.


Pouco antes da guerra de 1967, organizações palestinas como a Fatah — liderada por Yasser Arafat — formaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e lançaram operações contra Israel, primeiro a partir da Jordânia e depois do Líbano.


Mas estes ataques também incluíram alvos israelenses em território europeu, como aviões, embaixadas ou atletas.

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Os Acordos de Oslo, assinados em 1993, foram o primeiro tratado de paz entre Israel e os palestinos


Depois de anos de ataques palestinos e assassinatos seletivos pelas forças de segurança israelenses, a OLP e Israel assinaram os acordos de paz de Oslo em 1993, nos quais a organização palestina renunciava à “violência e ao terrorismo” e reconhecia a “lei” de Israel “para existir em paz e segurança".


A organização islâmica palestina Hamas nunca aceitou esse reconhecimento.


Na sequência dos acordos assinados em Oslo, foi criada a Autoridade Nacional Palestina, que representa os palestinos nos fóruns internacionais.


O presidente da autoridade é eleito por voto direto e ele, por sua vez, escolhe um primeiro-ministro e os membros do gabinete. As autoridades civis e de segurança controlam as áreas urbanas (Área A de acordo com Oslo), enquanto apenas os representantes civis – e não de segurança – controlam as áreas rurais (Área B).


Jerusalém Oriental, considerada a capital histórica dos palestinos, não está incluída neste acordo.


Jerusalém é um dos pontos mais conflituosos entre as partes envolvidas.

5. Quais são os principais pontos de conflito entre palestinos e israelenses?


O atraso no estabelecimento de um Estado Palestino independente, a construção de colônias israelenses na Cisjordânia e a barreira de segurança em torno desse território — condenada pelo Tribunal Internacional de Justiça em Haia — complicaram o processo de paz.

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Jerusalém sempre foi um dos principais pontos de discórdia e uma fonte permanente de surtos de violência entre israelenses e palestinos


Mas estes não são os únicos obstáculos, como ficou claro pelo fracasso das últimas negociações de paz entre os dois grupos em Camp David, nos Estados Unidos, em 2000.


À época, o então presidente americano Bill Clinton não conseguiu estabelecer um acordo entre Arafat e o primeiro-ministro israelense, Ehud Barak.


As diferenças que parecem inconciliáveis ​​são:


Jerusalém: Israel reivindica a soberania sobre a cidade (sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos) e afirma que é a sua capital depois de tomar a parte oriental em 1967. Isto não é reconhecido internacionalmente. Os palestinos querem que Jerusalém Oriental seja a capital deles.


Fronteiras e terreno: os palestinos exigem que o futuro Estado esteja em conformidade com as fronteiras anteriores a 4 de Junho de 1967, antes do início da Guerra dos Seis Dias. Israel rejeita a proposta.


Assentamentos: as colônias, ilegais de acordo com o Direito Internacional, foram construídas pelo governo israelense nos territórios ocupados por Israel após a guerra de 1967. Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, há mais de meio milhão de colonos judeus.


Refugiados palestinos: quantos refugiados existem depende de quem está fazendo essa conta. A OLP diz que há 10,6 milhões, dos quais quase metade estão registrados nas Nações Unidas. Os palestinos sustentam que os refugiados têm o direito de regressar ao que hoje é considerado como território de Israel. Israel, na contramão, diz que abrir as portas destruiria a identidade do Estado judeu.

6. A Palestina é um país?


As Nações Unidas reconheceram a Palestina como um “Estado observador não membro” no final de 2012. Com isso, ela deixou de ser uma “entidade observadora”.


A mudança permitiu que os palestinos participassem dos debates da Assembleia Geral e aumentassem as possibilidades de adesão às agências da ONU e a outros órgãos.


Mas a votação não criou o Estado palestino de fato. Um ano antes, os palestinos tentaram, mas não obtiveram apoio suficiente no Conselho de Segurança.


Mais de 70% dos membros da Assembleia Geral da ONU (138 de 193) reconhecem a Palestina como um Estado.

7. Por que os EUA são o principal aliado de Israel? Quem apoia os palestinos?


Em primeiro lugar, é preciso considerar a existência de um lobby pró-Israel significativo e poderoso nos Estados Unidos. Isso leva ao fato de a opinião pública ser geralmente favorável à posição israelense. Com isso, é virtualmente impossível que um presidente americano retire o apoio a Israel.


Além disso, ambas as nações são aliadas no campo militar: Israel é um dos maiores beneficiários da ajuda americana e a maior parte dela vem na forma de subsídios para a compra de armas.


Contudo, em Dezembro de 2016, durante o governo do presidente Barack Obama, foi dado um passo atípico na política dos EUA em relação a Israel: o país não vetou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que condenava a política de colônias israelenses.

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Com Trump, Netanyahu tinha um forte aliado na Casa Branca


Mas a chegada de Donald Trump à Casa Branca deu um novo impulso à relação entre os Estados Unidos e Israel, que se refletiu na transferência da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.


Com isso, os Estados Unidos foram o primeiro país do mundo a reconhecer aquela cidade como a capital de Israel.


Nos últimos meses de presidência, Trump conseguiu que quatro países árabes ricos normalizassem as relações com Israel.


O atual presidente americano, Joe Biden, assumiu o poder com a intenção de fugir do arriscado conflito Israel-Palestina, além de vê-lo como um problema que requer grande capital político.


A administração Biden continua a apoiar o reconhecimento de Israel, mas adotou uma diplomacia mais cautelosa.


Os palestinos não têm o apoio aberto de nenhuma potência.


Na região, o Egito deixou de apoiar o Hamas após a deposição da Irmandade Muçulmana — historicamente associada ao grupo palestino.


A Síria, o Irã e o grupo libanês Hezbollah são os principais apoiadores da Palestina.


A causa palestina tem muitos simpatizantes ao redor do mundo, mas até o momento isso não se traduziu em avanços concretos.

8. O que precisa acontecer para uma paz duradoura entre Israel e Palestina?


Por um lado, os israelenses precisariam apoiar um Estado soberano para os palestinos que incluísse o Hamas, acabando com o bloqueio em Gaza e as restrições de movimento na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.


Por outro, os grupos palestinos deveriam renunciar à violência e reconhecer o Estado de Israel.


Outro ponto de acordo razoável precisaria envolver as fronteiras, as colônias israelenses e a volta de refugiados palestinos.


Porém, desde 1948 (o ano da criação do Estado de Israel,) muitas coisas mudaram, principalmente a configuração dos territórios disputados após as guerras entre árabes e israelenses.


Para Israel, estes são fatos consumados. O palestinos não concordam e insistem que as fronteiras devem ser as que existiam antes da guerra de 1967.


Além disso, enquanto no campo de batalha as coisas ficam cada vez mais incontroláveis ​​na Faixa de Gaza, há uma espécie de guerra silenciosa na Cisjordânia com a construção contínua de colônias israelenses, o que reduz o território palestino nas áreas autônomas.


Mas talvez a questão mais complicada devido ao simbolismo seja Jerusalém, a capital de palestinos e israelenses.


Tanto a Autoridade Nacional Palestina, que governa a Cisjordânia, como o grupo Hamas, em Gaza, reivindicam a parte oriental como a capital, apesar de Israel a ter ocupado em 1967.


Um acordo definitivo nunca será possível sem resolver este ponto sensível.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Por que cientistas dizem que estamos perto de achar vida em outro planeta


Diferentes especialistas estão otimistas em detectar sinais de vida em um mundo distante ainda durante a vida das gerações atuais — possivelmente nos próximos anos.

Europa, uma das luas geladas de Júpiter, é o lugar mais provável em nosso sistema solar para abrigar vida alienígena — Foto: ESA

Muitos astrônomos não estão mais perguntando se existe vida em outros lugares no Universo.

A pergunta em suas mentes agora é: quando a encontraremos?

Diferentes especialistas estão otimistas em detectar sinais de vida em um mundo distante ainda durante a vida das gerações atuais — possivelmente nos próximos anos.

Um cientista que lidera uma missão de pesquisas sobre Júpiter está tão convencido disso a ponto de dizer que seria "surpreendente" se não houvesse vida em uma das luas geladas do planeta.

Inúmeras missões que estão em andamento ou prestes a começar marcam uma nova corrida espacial em busca da maior descoberta científica de todos os tempos.

"Vivemos em um universo infinito, com estrelas e planetas infinitos. E para muitos de nós, tem sido óbvio que não podemos ser os únicos seres inteligentes no universo", diz a professora Catherine Heymans, Astrônoma Real da Escócia (um título honorário).

"Agora finalmente temos a tecnologia e a capacidade para respondermos à pergunta se estamos mesmo sozinhos no cosmos."

A 'zona dos Cachinhos Dourados'

Os telescópios agora podem analisar as atmosferas de planetas que orbitam estrelas distantes, em busca de substâncias que - pelo menos na Terra - só podem ser produzidas por organismos vivos.

A primeira indicação desse tipo de descoberta surgiu no início deste mês. O possível sinal de um gás que na Terra é produzido por organismos marinhos simples foi detectado na atmosfera de um planeta chamado K2-18b, que está a 120 anos-luz de distância.

O planeta está na zona que os astrônomos chamam de "Cachinhos Dourados" — a distância certa de sua estrela para que a temperatura da superfície não seja muito quente nem muito fria, mas perfeita para a existência de água líquida, que é essencial para sustentar a vida.


K2-18 b orbita uma estrela anã fria mostrada em vermelho, a uma distância suficientemente grande para que sua temperatura possa sustentar a vida — Foto: NASA

A equipe espera saber em um ano se as pistas são realmente de vida.

O professor Nikku Madhusudhan do Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge, que liderou o estudo, me disse que se a descoberta for confirmada, "isso mudaria radicalmente nossa maneira de pensar na busca por vida".

"Se encontrarmos sinais de vida no primeiro planeta que estudarmos, isso levantará a possibilidade de que a vida seja comum no Universo."

Ele prevê que dentro de cinco anos haverá "uma transformação significativa" em nossa compreensão da vida no Universo.

Se sua equipe não encontrar sinais de vida em K2-18b, eles têm em suas listas mais 10 planetas na zona para estudar - e possivelmente muitos mais depois disso. Mesmo encontrar nada "fornecerá pistas importantes sobre a possibilidade de vida em tais planetas", ele diz.

Seu projeto é apenas um dos muitos que estão em andamento ou planejados para os próximos anos em busca de sinais de vida no Universo.

Alguns procuram vida nos planetas e satélites do nosso Sistema Solar - outros olham muito além, para o espaço profundo.

Em busca de vida no universo — Foto: Fonte: Pesquisa BBC Imagens: NASA, ESA, Getty, ESO, CNSA

Por mais poderoso que seja o JWST da NASA, o telescópio tem seus limites. O tamanho da Terra e sua proximidade com o Sol permitem que ela abrigue vida.

No entanto, o JWST não seria capaz de detectar planetas distantes tão pequenos quanto a Terra (K2-18b é oito vezes maior) ou tão próximos de suas estrelas-mãe devido ao brilho intenso.

Portanto, a NASA está criando o Observatório de Mundos Habitáveis (HWO, na sigla em inglês), programado para funcionar na década de 2030.

Usando o que funciona como um escudo solar de alta tecnologia, ele minimiza a luz da estrela em torno da qual um planeta orbita. Isso significa que ele será capaz de identificar e analisar as atmosferas de planetas semelhantes ao nosso.

Também entrará em operação ainda nesta década o Telescópio Extremamente Grande (ELT, na sigla em inglês), que observará a partir do solo os céus cristalinos do deserto chileno.

Ele possui o maior espelho de qualquer instrumento construído, com 39 metros de diâmetro, e pode, portanto, observar muito mais detalhes nas atmosferas planetárias do que seus antecessores.

Esses três telescópios de análise de atmosfera usam a mesma técnica utilizada por químicos por centenas de anos para discernir os produtos químicos dentro de materiais com base na luz que eles emitem.

Eles são tão incrivelmente poderosos que conseguem fazer isso a partir do pequeno ponto de luz proveniente da atmosfera de um planeta que orbita uma estrela, a centenas de anos-luz de distância.

Como a luz revela a atmosfera de um planeta — Foto: NASA/ESA, Getty

Procurando perto de casa

Enquanto alguns olham para planetas distantes, outros restringem a sua busca ao nosso próprio quintal, aos planetas do nosso próprio Sistema Solar.

O lar mais provável para a vida é em uma das luas geladas de Júpiter, Europa. É um mundo lindo com rachaduras na superfície que parecem listras de tigre. A lua Europa tem um oceano abaixo da sua superfície gelada, de onde nuvens de vapor de água são expelidas para o espaço.

As missões Clipper da NASA e Jupiter Icy Moons Explorer (Juice) da Agência Espacial Europeia (ESA) chegarão lá no início de 2030.

As listras de tigre de Europa são causadas por fissuras em sua superfície gelada — Foto: NASA

Pouco depois da aprovação da missão Juice em 2012, perguntamos à professora Michelle Dougherty, que é a cientista principal da missão europeia, se ela achava que havia uma chance de encontrar vida.

Ela respondeu: "Seria surpreendente se não houvesse vida em uma das luas geladas de Júpiter."

A NASA também está enviando uma espaçonave chamada Dragonfly para pousar em uma das luas de Saturno, a Titã.

É um mundo exótico com lagos e nuvens feitas de produtos químicos ricos em carbono, que conferem ao planeta uma atmosfera alaranjada e misteriosa. Junto com a água, esses produtos químicos são considerados ingredientes necessários para a vida.

Uma vista do Titã tirada pela sonda Huygens da ESA enquanto ela descia para a superfície — Foto: ESA

Marte atualmente é muito inóspito para organismos vivos, mas os astrobiólogos acreditam que o planeta já foi exuberante, com uma atmosfera espessa, oceanos e capaz de sustentar a vida.

O rover Perseverance da NASA está atualmente coletando amostras de um cratera que se acredita ter sido um antigo delta de rio. Uma missão separada na década de 2030 trará essas rochas para a Terra para analisá-las em busca de microfósseis potenciais de formas de vida simples que já se foram há muito tempo.

Poderiam aliens estar tentando entrar em contato conosco?

Alguns cientistas consideram essa pergunta como algo do domínio da ficção científica e pouco provável, mas a busca por sinais de rádio de mundos alienígenas acontece há décadas, principalmente pelo Instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre (conhecido como Seti).

O espaço é imenso, então suas buscas até agora têm sido aleatórias. No entanto, a capacidade de telescópios, como o JWST, de identificar os lugares mais prováveis para a existência de civilizações alienígenas permite que o Seti concentre sua busca.

Isso injetou novo ânimo, de acordo com a Nathalie Cabrol, diretora do Centro Carl Sagan do Seti para o estudo da vida no Universo. O instituto modernizou sua matriz de telescópios e agora está usando instrumentos para procurar comunicações a partir de pulsos de laser poderosos de planetas distantes.

Como astrobióloga altamente qualificada, Cabrol compreende por que alguns cientistas são céticos em relação à busca do Seti por um sinal.

Mas as assinaturas químicas de atmosferas distantes, leituras interessantes de sobrevoos de luas e até microfósseis de Marte estão todos abertos à interpretação, argumenta a Cabrol.

Procurar um sinal "pode parecer a abordagem mais improvável de todas para encontrar sinais de vida. Mas também seria a mais inequívoca e poderia acontecer a qualquer momento".

"Imagine se tivermos um sinal que realmente possamos entender", diz Cabrol.

Trinta anos atrás, não tínhamos evidências de planetas orbitando outras estrelas. Agora, mais de 5 mil foram descobertos, que astrônomos e astrobiólogos podem estudar em detalhes inéditos.

Todos os elementos estão no lugar para uma descoberta que será mais do que apenas uma incrível revolução científica, de acordo com Subhajit Sarker da Universidade de Cardiff, que faz parte da equipe que estuda K2-18b.

"Se encontrarmos sinais de vida, será uma revolução na ciência e também representará uma mudança enorme na forma como a humanidade se vê e se posiciona no Universo."

Vem aí o eclipse solar anular do Brasil


Sabe por que o dia 14 de outubro de 2023 é importante? Porque é neste dia que teremos um eclipse solar anular. Isso significa que o Sol, a Lua e Terra estarão posicionados tal forma que, num determinado momento, veremos uma espécie de "anel de fogo", como um aro iluminado ao redor da Lua.

Mas sabe porque essa data é muito especial aqui no Brasil? Porque poucos lugares do planeta poderão apreciar este anel de fogo, que é a aparência do eclipse solar anular. Os sortudos serão aqueles que estiverem nesta estreita faixa rosa. E olha o Norte e o Nordeste do Brasil aí, pessoal! O fenômeno é tão especial que só um pedacinho destas Regiões verá a totalidade do eclipse solar anular, isto é, uma imagem parecida com esta da Arábia Saudita, em 2019.


Eclipse solar anular de 14/10/2023 - faixas de visibilidade do fenômeno no globo (Fonte: timeanddate.com)

4 bons motivos para você querer ver este eclipse

1 - Um motivo a mais para você se programar para este evento astronômico é que, até o fim desta década, os próximos eclipses solares do tipo anular não terão a visibilidade do dia 14 de outubro de 2023.

2 - É de graça! Basta olhar para o sol com proteção adequada dos olhos (não se pode olhar diretamente para o sol, de jeito nenhum, pois há risco até de cegueira)

3 - O eclipse ocorre no dia 14 de outubro, sábado. Mas dia 12 é feriado no Brasil e aí, com a enforcada da sexta, 13, dá para pensar em passar o feriadão no Nordeste, para fazer um turismo astronômico!

4 - Eclipse solar só pode ser visto de dia e com poucas nuvens. Outubro, naquela faixa rosa da figura acima, é um época de seca, e a chance de alguma chuva estragar o espetáculo é realmente remota.

Os próximos eclipses não serão visíveis como este

Em 2 de outubro de 2024 vai ocorrer outro eclipse solar anular, mas o anel de fogo só será visto lá na Terra do Fogo, no extremo sul da América do Sul e em áreas em pleno oceano Pacífico


Eclipse solar anular de 02/10/2024 (Fonte: timeanddate.com)

Depois teremos outro eclipse solar anular, em 17 de fevereiro de 2026, mas que praticamente só será visível na Antártica


Visibilidade do eclipse solar anular de 17/02/2026 (Fonte: timeanddate)

O eclipse solar anular de 6 de fevereiro de 2027 (!!!!) poderá ser visto só lá no Chuí, no sul do Rio Grande do Sul



Aí, em 26 de janeiro de 2028 (!!!!) vai ter um eclipse solar anular visível em pequena parte do Norte do Brasil. Mas escute a voz da experiência, aqui da Climatempo: janeiro, Amazonas, Pará, Amapá, verão, muitas nuvens, temporais. Vai ser difícil ter uma boa condição para ver o fenômeno.


Visibilidade do eclipse solar anular de 25/1/2028 (Fonte: timeanddate.com)

Outubro é um mês favorável para observar o céu no Nordeste

Mas, voltando para a realidade do eclipse solar anular de 14 de outubro de 2023, outubro é uma época normalmente seca no interior do Nordeste e de pouca chuva também no Norte. Mesmo a data estando longe, a chance de ter um céu com poucas nuvens no sertão do Nordeste em outubro é relativamente grande.

E este é mais um motivo para fazer do 14/10/2023 uma data muito especial. Astrônomos de muitos lugares do planeta estarão aqui para ver este eclipse anular total.

Cobertura especial da Climatempo

A Climatempo, numa parceria com o professor Marcos Calil, vai mostrar este eclipse para você em grande estilo!

Primeiro, uma live com o Marcos Calil e moderação da meteorologista Josélia Pegorim, que vai explicar tudo sobre este eclipse. Esta live será no dia 10 de outubro, mas aguarde que vamos dar mais detalhes brevemente.

No dia do evento, 14 de outubro, o site da Climatempo vai estar AO VIVO, live mesmo, com a transmissão deste eclipse super especial, diretamente do sertão do Ceará.

Marcos Calil estará lá no sertão cearense com equipamentos especiais para transmitir este eclipse.

Fique ligado que traremos mais informações sobre este sensacional evento astronômico no site da Climatempo e nas nossas redes sociais.

Bons céus, como sempre diz o professor Calil!