Ogan Arimateia foi um dos principais ativistas contra o racismo estrutural no acre. Abaixo-assinado começou a ser feito na última semana e tem como meta chegar a mil assinaturas.
Professor e advogado Ogan Arimateia, de 49 anos, que morreu no final de junho, vítima de um câncer, — Foto: Reprodução
Para prestar homenagem ao professor e advogado Ogan Arimateia, de 49 anos, que morreu no final de junho, vítima de um câncer, o Movimento Negro e das Religiões de Matriz Africana do Acre está fazendo um abaixo-assinado para pedir que a Câmara de Vereadores de Rio Branco crie um anteprojeto para homenagear o profissional.
Além de advogado, Arimateia foi professor do ensino público e foi chefe do Departamento de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos em outras gestões. Foi uma referência na luta por justiça e igualdade social, militante político, líder estudantil, historiador, professor, advogado, sindicalista, ativista dos Direitos Humanos e defensor do movimento negro.
O abaixo-assinado começou a ser feito na última semana e tem como meta chegar a mil assinaturas. Até este sábado (4), mais de 800 pessoas já tinham assinado.
Quando atingirem a meta esperada, o movimento vai enviar o pedido à Câmara de vereadores em Rio Branco para que seja criado o anteprojeto e a Rua Africa, que fica no bairro 6 de Agosto, no Segundo Distrito da capital, tenha o nome do professor de Ogan Arimatéia acrescentado a ela.
Além disso, o movimento pede que o espaço onde são feitas atividades culturais, na mesma rua, próximo a passarela Joaquim Macedo, também no Segundo Distrito, receba o nome “Espaço Todas as Áfricas Professor Advogado Ogan Arimatéia”.
“O espaço que sai da passarela sempre tem atividades culturais, principalmente em datas de comemoração a alguma questão racial e a gente quer a inclusão do nome ali”, disse o presidente do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial (Compir), Igor Ramon.
Para o Movimento, o gesto reconhece a contribuição que o professor e advogado deu em lutas antirracistas, promoção da igualdade racial e o respeito às religiões de matriz africana, em busca de reconhecimento, respeito e justiça.
“A gente quer a inclusão do nome. A sociedade civil organizada está apresentando aos vereadores para apresentar à Casa essa proposta visando a inclusão do nome do professor naquele espaço”, disse Igor Ramon.
Por Alcinete Gadelha, G1 AC — Rio Branco
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