Imagem: Getty Images
Sempre lemos a notícia de como o sedentarismo atrapalha a saúde e poucas pessoas se dedicam à prática adequada de atividades físicas. Mas um estudo publicado na revista The Lancet Global Health resolveu olhar para o copo meio cheio desses dados e responder à questão positiva: quantas vidas a prática de atividade física consegue salvar?
A resposta a que os pesquisadores das Universidade de Cambridge e Edinburgh (ambas no Reino Unido) chegaram é que anualmente 4 milhões de vidas são salvas por ano devido à prática de exercícios.
Como o estudo foi feito?
Primeiro os cientistas levantaram os dados de prevalência de atividade física entre 2001 e 2016 e riscos relativos de mortalidade por todas as causas em 168 países;
Eles combinaram esses dados em um modelo de simulações chamado Monte-Carlo para estimar valores médios de fração de mortes evitadas em cada país;
Eles perceberam que as frações evitadas altas indicaram um aumento na proporção de mortes evitadas devido à atividade física, então, usando dados de mortalidade para todas as pessoas em um país com idade entre 40 e 74 anos, estimaram o número de mortes prematuras evitadas para todos os adultos e por sexo.
Dicas para começar hoje mesmo
Quer aproveitar esses benefícios, mas acha que nesse isolamento social vai ser difícil? Montamos um treino simples para você fazer em casa mesmo durante a quarentena (mas não deixe de conferir também o Treino em Casa e o MixDance). E antes de colocá-lo em prática, veja dicas para treinar em casa sem riscos:
Escolha um local bem arejado
O ideal é encontrar um lugar bem iluminado e ventilado, já que durante a atividade física a temperatura corporal aumenta e mantê-la controlada é importante para retardar a fadiga. Se não houver janelas no local onde treina, você pode usar um ventilador. Também é importante sempre ter uma toalha para enxugar o suor.
Vista roupas apropriadas
Usar roupas próprias para a prática de atividades físicas é importante por dois motivos: primeiro, as peças de treino facilitam a evaporação do suor --que tende a ser mais acentuada em atividades em um local fechado e sem boa ventilação -- e ajudam no controle da temperatura corporal; segundo, por serem mais leves, as roupas de treino não geram tanto atrito com a pele --o que pode causar assaduras e outros incômodos.
Organize o espaço
Para a maioria dos exercícios, um local de 2 metros por 2 metros é suficiente --só retire obstruções e móveis com pontas que estiverem por perto, para você não se machucar. Outro detalhe fica por conta da superfície na qual serão feitos os exercícios: ela deve garantir estabilidade. Evite treinar em cima de tapetes, por exemplo, que podem deslizar e causar um acidente.
Capriche no aquecimento
O profissional de educação física Eduardo Netto, diretor técnico da rede de academia Bodytech*, recomenda fazer de 5 a 10 minutos de movimento dinâmicos em baixa intensidade, como corrida no lugar, polichinelos ou skipping (correr no lugar erguendo os joelhos acima da linha do quadril) no início do treino. Assim, você prepara o sistema cardiovascular, músculos e articulações para o esforço mais intenso que está por vir, reduzindo o risco de fadiga precoce ou de lesões.
Mantenha o foco na postura
Como não tem acompanhamento e orientação profissional, é muito importante que você preste bastante atenção à postura e execução dos movimentos durante o treino. Para isso, prefira fazer exercícios que você tem familiaridade e domine a execução.
Outra saída para manter a boa postura é malhar em algum local em que há um espelho por perto ou fazer atividades em família —assim, um vigia e corrige o exercício do outro. Se durante ou após o treino você sentir algum desconforto fora do comum, interrompa a atividade por alguns dias (e se a dor não passar, procure um médico).
Controle a intensidade
Se você já tinha uma rotina de atividades físicas antes da quarentena, peça ajuda para seu professor adaptá-la para ser realizada em casa. Agora, se você estava sedentário, escolha um treino adequado para seu condicionamento e respeite os limites do corpo.
*Fonte consultada em matéria de 02/06/2020
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