A reportagem do LIVRE ouviu especialistas em Educação e autoridades sobre a validade do ano letivo com o ensino à distância
O fechamento das escolas públicas e particulares em todo o país foi uma das medidas mais drásticas e que ainda perdura entre as adotadas para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Para remediar a situação, foi adotado o ensino à distância, mas a solução não tem apresentado resultados tão positivos quanto o esperado.
Diante disso, muito tem se discutido sobre a validade do calendário letivo de 2020. Seria melhor assumir que foi um ano perdido? Vale a pena insistir nas atividades EAD?
A reportagem do LIVRE ouviu especialistas em Educação e autoridades sobre o assunto.
Professor Dr. Silas Borges Monteiro
Professor, doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e servidor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Silas Borges Monteiro ressalta que o tema complexo. E embora reconheça que suspender as atividades pode atingir a vida de muitas pessoas, pondera que cancelar o ano letivo pode ser uma boa opção.
“Não há como negar que o ano foi perdido. Será de muito bom senso assumir isso e, até o fim do ano, pensar o que deve ser feito e não fazer de conta que existiu um ano letivo”.
Monteiro lembra que o calendário com os 200 dias letivos foi pensado para uma realidade experimentada há mais de um século. E critica as decisões provisórias que vêm sendo tomadas desde o início da pandemia.
Na avaliação dele, faltam discussões realistas entre os gestores sobre o tema.
“Parar ou continuar é uma decisão tanto política quanto pedagógica. As decisões estão sendo feitas como remendo. Sem contar a omissão do ministro, dos secretários estaduais e municipais”, afirma.
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