Até uma loja de artigos para maconha foi beneficiada com repasses para, supostamente, 'realizar atividades voltadas à cultura negra'
O governo de Jair Bolsonaro, que prometia não dar um centavo para ONGs, repete um modelo clássico de corrupção petista, abastecendo com dinheiro público organizações duvidosas ligadas a aliados e registradas até em nome de funcionária do ministério, diz a Crusoé. Os repasses incluem até uma loja de artigos para maconha.
“Chegou a nove entidades sem fins lucrativos que só existem no papel ou que funcionam com estruturas muito precárias e em desconformidade com sua atividade fim, mas que receberam do governo ou tiveram empenhados mais de 17 milhões de reais – e isso, é claro, é apenas uma amostra do problema. O dinheiro vai parar no caixa das entidades por meio de emendas de parlamentares aliados ao governo.”
“Dentre as organizações abastecidas com recursos de ministérios, está uma loja de artigos de fumo da erva. À loja Cultura Verde, o Ministério do Turismo pagou, por meio do Fundo Nacional do Turismo e da Fundação Cultural Palmares, 1,2 milhão de reais. ‘Aqui a loja é de tabaco e artigos de maconha, senhor! Vendo seda, narguile…‘, disse ao ser abordado por Crusoé o funcionário, que desconhecia que o local recebia dinheiro público do governo.”
A entidade ganha dinheiro para, em tese “realizar atividades voltadas à cultura negra”. Os funcionários, no entanto, dizem nunca terem visto qualquer atividade com essa finalidade. O valor de 1,2 milhão foi empenhado por meio de emendas impositivas de deputados bolsonaristas. Entre eles Paula Belmonte, mulher do empresário Luís Felipe Belmonte, ligado ao Aliança pelo Brasil.
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