O objetivo da política, para Platão, é exatamente corrigir injustiça. É tornar justo aquilo que é injusto. Quando a política não é feita com esse propósito, serve para aumentar a injustiça. É como uma faça, serve para passar a manteiga no pão para alimentar a vida, mas pode ser servir também para tirar a vida. Depende do objetivo que ela é usada.
Falar em política nos tempos atuais, faz as pessoas torcer o nariz. Vivemos uma verdadeira degradação do sentido da palavra. E por que não dizer até uma prostituição da função. Uma máquina de produzir injustiça.
Políticos mudam de ideia conforme seus interesses pessoais. Chegam a trocar de partido e de amigos, várias vezes num curto espaço de tempo. Alguns alugam vários partidos para eleger sua família.
Sou do tempo que a política no Brasil era tratada de forma mais séria. As pessoas tinhas mais coerência, mais compromisso com as ideias e os partidos que se filiavam. Que tinham mais vergonha mentir para tirar proveito eleitoral.
Como um socialista forjado nas lutas cruenta da contradição entre o capital e trabalho, sempre procurei da exemplo de desprendimento de interesses pessoais. Nunca pedi para ser candidato a nenhum cargo eletivo, sempre esperei as decisões das instâncias coletiva.
As vezes, em algum momento, eu até pensei em dizer que queria ser candidato, mas tinha receio de ser mal entendido ou acusado de oportunista, de defender um projeto do meu interesse pessoal ou da minha família.
Lembro uma época que fui candidato a prefeito, surgiu a ideia no coletivo, de minha companheira ser candidata a vereadora. Ela não precisava da minha influência para se eleger. Não aceitei, entendi que fugia os princípios de um projeto coletivo, era eu ou ela.
Minha postura em relação a candidaturas pode ser exemplificado com o que aconteceu na última eleição municipal. Eu não era candidato, o candidato que eu iria apoiar era outro. Só fui ser candidato em cima da hora por decisão coletiva. Faltava um pouco mais de dois meses para a eleição.
Sempre entendi que ser candidato não pode ser uma vontade pessoal, um interesse meu ou da minha família. Um mandato eletivo é do povo que elege e precisa ser exercido fielmente para o povo. Quando fugimos essa regra, os mandados deixam de atender os interesses dos verdadeiros donos do mandato e passam a atender interesses pessoais e familiares.
Pela primeira vez na minha carreira política, estou me antecipando as instâncias coletivas para dizer que quero ser candidato a deputado estadual na próxima eleição. Tomei essa decisão em função do que aconteceu na última eleição, quando, por decisão coletiva, tive que ser candidato a prefeito aos 45 minutos do segundo tempo. Isso foi um grande problema, não tive tempo de visitar nem mesmo todos meus amigos.
Deste de 2021, estou todos os dias, visitando bairros, ruas e comunidades, falando dessa intenção. Vou continuar ouvindo também os amigos e aliados, sei que será muito bom para Tarauacá ter um deputado, cujo o mandato, as decisões e os interesses será inteiramente vinculado as demandas do povo, a exemplo dos três mandatos consecutivos de vereador que exerci na câmara. Até hoje às pessoas lembram e reconhecem!
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Quem me acompanhou na época, sabe muito bem como foi. Foram mandatos de muitas lutas , produtividade e resultados para os trabalhadores e para Tarauacá, sem temer e sem se corromper. Estou colocando meu nome a disposição do Povo de Tarauacá para ser apreciado na disputa por uma vaga na assembleia legislativa.
O QUE VOCÊS ACHAM DA IDÉIA
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