O líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre, deputado Pedro Longo (PV) e assessores da Casa Civil vão trabalhar até a abertura do expediente desta terça-feira (27) para tentar convencer algum dos nove deputados que assinaram o pedido de CPI da Educação a retirar o autógrafo que pede a instalação da comissão. As negociações começaram às 8h30 desta segunda-feira e entraram pela noite com muita frustração por parte do Palácio Branco.
A primeira negativa veio dos três parlamentares do MDB. Roberto Duarte, Antônia Sales e Meire Serafim mantiveram as assinaturas. A negociação pela base do governo apelou até para o senador Márcio Bittar. O caminho foi considerado errado por caciques do partido que defendem uma divisão melhor dos cargos no governo.
Outros dois deputados também se negaram a retirar as assinaturas: Fagner Calegário (Podemos) e Neném Almeida (sem partido). Calegário jogou na mesa de negociações a rasteira dada pelos interlocutores do governador Gladson Cameli nas tratativas com o Podemos, partido que de última hora saiu do seu comando e foi para as mãos do ex-deputado Ney Amorim.
O deputado Neném Almeida que teve no dia 21 de fevereiro deste ano, dezenas cargos exonerados da estrutura de governo, foi outro parlamentar que não aceitou retirar sua assinatura do pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.
O deputado José Bestene chegou a ser chamado para ajudar nas estratégias. Pelo menos doze deputados da base estiveram na órbita do escritório político do governador Gladson Cameli de onde vários telefonemas foram disparados durante toda segunda-feira.
Sem forças para barrar o pedido de instalação a postura dos articuladores do governador Gladson Cameli mudou, a ideia é ampliar os anos que serão investigados e trazer à baila, a gestão do ex-governador Sebastião Viana. O Palácio não descarta a implantação de outra CPI, do ruas do Povo que abriria a caixa preta do Depasa e Deracre. A tentativa é neutralizar votos de deputados do PT e PCdoB.
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